quarta-feira, julho 30, 2008

vejo flores em você

agora que resolvi desencavar meus textos e não esconder meu blog [bem diferente de divulgá-lo], sinto que devo escrever ao menos algumas linhas frescas por dia. com ou sem a companhia da inspiração. do desabafo à poesia. com vontade, sempre.
pensei em preencher com notas dos meus moleskines, mas os esqueci em casa. no pasa nada. tem coisas interesantes ali e, poco a poco, vou desnudar. vou degustar com lentidão este outro revisitar de idéias.
narrando, hoje quero continuar a falar, e finalizar com uma trilogia, sobre o assunto que mais me consumiu esta semana: trabalho. pois bem – e mal [‘a tomar por el culo’] –, as coisas parecem que começaram a caminhar por onde devem. nos reunimos, estou um pouco mais informada, tenho observações comportamentais novas e uma série de caminhos na rede para traçar, ler e estudar. isso é ótimo! o olhar trabalha com mais serenidade depois da despedida da raiva que frequentou meu começo de semana e saiu de casa com malas abarrotadas, sem deixar a escova de dente e data para voltar. melhor.
eu não sei, evidentemente, o que vai acontecer comigo em barcelona. não tenho idéia se em dezembro, como planejei, já estarei me sentindo mais confiante e no meu lugar [espero ter algum!rs] nesta oficina. na cidade, assustadora e positivamente, me senti em casa assim que cheguei. um emaranhado de informações interessantes e nuevas e eu muito à vontade, como se caminhasse entre as ruas curtas e familiares da minha cidade jardim em bh ou pela diversidade de cores cítricas brasileira da paulista. mais uma daquelas coisas sem explicação das quais tanto gosto de parafrasear.
será que fui uma princesa séculos atrás, em algum feudo rico de gente, especiarias e história? que primeiro pensamento mais romântico e infantil [rs!]. tinha que ser eu mesma escrevendo isso. certeza que algo tenho registrado sem memória no peito acolhido pelas avenidas bem projetadas deste vislumbrado pedaço de língua espanhola europeu.
o que eu fui, quantas fui, nos dias outros, voa no tempo como folhas secas de outono e, se me concentro, consigo até sentir o cheiro da primaveramãe. mas o que mais importa é que princesa eu nunca quis ser nesta vida de agora. eu adoro a alquimia do trabalhar. tenho fascinação. e o que mais quero é a oportunidade de descubrir outros talentos eternos dormidos em mim. com sol, a ver que pasa mañana, o meu hoje novo sempre por vir.

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