quarta-feira, julho 30, 2008

muito mais

parece que nada muda e tudo sempre gira. tudo muda em carne viva. chega a dar falta de ar.
parece que tudo isso não vai ter fim. que voltei à juventude. que não aconselho mais.
parece que não há mesmo o que dizer. sobre nada. tudo é tão livre possível flexível. tudo é prático. tudo é individual. particular.
parece que o mundo vai para um lado e eu sigo para o outro. dolorido. mutante. para sempre.

parece que estou sozinha. ninguém me entende. ninguém me enxerga. nenhum ouvido aberto.
parece que nem vale a pena dizer. nem sei o quê. por quê? pra quê?
parece que este choro nunca mais vai acabar. que a aflição também não. nem a dor por não saber quem sou.
parece que esta desordem vai se aquietar. que isso tudo é para o melhor chegar. parece que estou arrumando a cama.

também parece que eu não quero ouvir. me sinto exausta só de pensar. sinto que a diversão é o melhor estar. uma noite sobre a outra. meu baralho espetacular.
gosto do tumulto reservado. dos amigos diversos opostos complementares iguais. da rua dos visuais e das formas estáticas movimentos nos degraus. desta estranha tranquilidade na alma. desta confiança sem propósito no caos. dos detalhes e observações.

tudo me parece. nada a declarar. sozinha. vendo tudo se transformar. com muita saudade de mim.


[cazuza - exagerado]

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